Apesar de ter papel central em processos ecológicos, ciclos biogeoquímicos e clima, a estrutura do dossel não é incluída nas medições do IFN/BR. Aqui, propomos uma metodologia simples e de baixo custo para incorporar essas estimativas nas medições do IFN/BR utilizando fotografias hemisféricas. Aplicamos a metodologia em 363 UAs em Santa Catarina durante o segundo ciclo de medições do Projeto FlorestaSC e computamos o tempo necessário para as operações em 10 destas unidades amostrais. Para demonstrar a potencialidade do método realizamos uma análise comparativa entre os tipos florestais de SC. Nossas análises mostraram que, em média, 3% do tempo necessário para levantamento de uma UA foi utilizado para a aquisição das fotografias hemisféricas. Do total de UAs levantadas, conseguimos estimar a estrutura do dossel de 244 UAs. Constatamos que todos as variáveis da estrutura do dossel – IAF, FAPAR, CD e CI – diferiram entre as formações florestais do estado, principalmente entre a Floresta de Araucárias e a Floresta Pluvial Subtropical. O IFN/BR representa uma grande oportunidade para realizarmos a estimativa da estrutura do dossel em escala nacional com baixo investimento operacional. Por sua vez, incluir estimativas da estrutura do dossel no IFN/BR acrescenta uma nova dimensão para entendermos a ecologia e funcionamento das florestas brasileiras, sua relação com o clima.